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"...começo a agir como se eu trabalhasse em um filme a que eu mesmo estivesse assistindo. Represento meu papel de maneira normal e faço o papel de um homem normal; mas há um outro eu invisível que é aqualouco, patinador sobre arco-íris, menino tonto, Hamlet, palerma, patético. Enquanto eu digo uma coisa sensata esse meu fantasma se entrega a um silencioso desvario, ou recita versos antigos..." (Rubem Braga)
terça-feira, janeiro 24, 2006
Destrinchando a Ladainha Marxista
Quem q ue r que pense que Marx defendeu os direitos dos trabalhadore s não leu Marx ou Engels. De acordo com ambo s o trabalhador deve se submeter ao process o histórico e aind a aguardar que a guerra entre as classes avance até a próxima f ase da história . A justiça não pode ser requerida.
Omarxismo acusa o cristianismo de consolar o povo com uma esperanç a celestial p orque e le n ão entende que essa esperança é o fundamento p ara reforma social e a justiça no mundo . O próprio Marx oferece sua v isão profética do futuro para q ue sirva de consolo . Mas e sse paraíso s ó virá depois q ue a geração de marxistas de hoje estiver morta. Nenhum m arxista receberá qualquer recompensa p or s ua e sperança , nem nessa vida n em na próxima .
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3 comentários:
Márcio, onde você arrumou essa figura HILÁRIA de um Marx Pop? Aliás, esse é um bom objeto de pesquisa. Podíamos fundar um grupo e cada um fica responsável por detectar o marxismo pop em uma área determinada; já pensou? O difícil ia ser NÃO achar marxismo nas coisas...
Abração!
Embora não tenha qualquer simpatia verdadeira para com o comunismo, usei um raciocínio semelhante para falar das contradições do capitalismo:
Já foi dito e comprovado que em outro tempo as esperanças instiladas pelo cristianismo permitiram que ele servisse como instrumento de domínio e controle por parte das classes superiores. O homem comum que acreditava na felicidade numa vida futura não precisava revoltar-se contra as injustiças desta vida. A verdade é que, com esperanças ainda mais artificiais (e garantias pelo menos tão irreais), o capitalismo alcançou sucesso ainda maior como religião.
As multidões hoje em dia são fáceis de controlar e de apaziguar porque, diante de qualquer insatisfação com uma injustiça presente, basta acenar com a liberdade e a justiça inerentes ao sistema: “se você não chegou ate onde eu cheguei”, dizem em silêncio as classes dominantes, “é porque não tem a mesma garra e a mesma competência que eu. Você poderia ter se esforçado mais, e na verdade ainda pode: a culpa pelo seu fracasso é sua e somente sua”.
Segundo o cristianismo, o mundo é justo porque qualquer pessoa, desde que realmente queira, pode alcançar o paraíso na eternidade. Segundo o capitalismo, o mundo é justo porque qualquer pessoa, desde que realmente queira, pode ficar rica.
O resto aqui:
http://www.baciadasalmas.com/2004/as-variedades-da-experiencia-capitalista/
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