segunda-feira, janeiro 30, 2006

Liberais e Heréticos
por Vincent Cheung. Commentary on Ephesians. PDF. p. 4.

"Liberais e heréticos estão sempre blasfemando e criando problemas, e alguns desses retardados sugeriram que não era Paulo o autor dessa carta [de Efésios]. Um de seus argumentos é que o vocabulário empregado nessa carta não se encontra nas outras cartas de Paulo, como se um autor devesse indicar os mesmos pensamentos usando sempre as mesmas palavras em todos os seus escritos.

Até onde estou ciente, eu nunca usei a palavra “retardados” em meus outros escritos, nem as palavras débeis mentais, cabeças de bagre, imbecis, dementes, ou cretinos. Assim, esses jumentos não podem acusar Vincent Cheung de chamá-los de nenhuma dessas coisas, uma vez que esses parágrafos ou mesmo o livro inteiro devem ter sido escritos por outra pessoa! Com um pouco mais de sagacidade mas ainda muito mais sofisma, eles indicaram outros argumentos contra a autoria Paulina, mas iremos deixar esses retardados para trás e seguir adiante."


Na mesma linha:
A virtude de se xingar

Idiotas Profissionais
Um idiota com qualquer outro nome

sexta-feira, janeiro 27, 2006

"Aquiete-se..." (Salmo 46:10)
por Jonathan Edwards. Junho
de 1735.

Os homens poderosos, e os homens ricos, e os homens sábios não podem impedir Deus de fazer o que lhe agrada. Ele faz pouco caso dos conselheiros, ele não aceita a pessoa dos príncipes, nem considera o rico mais do que o pobre. Há muitos planos no coração de um homem, mas é a vontade de Deus que prevalece, e os pensamentos de seu coração para todas as gerações. – Quando eletranqüilidade, quem a pode abalar? Quando ele esconde sua face, quem o pode ver? Ele quebra, e ninguém pode reedificar: ele cala um homem, e nunca mais sua boca se abre. Quando ele decide, quem pode dissuadi-lo? E quando sua mão está esticada, quem a fará retroceder? – Assim, ninguém pode impedi-lo de ser soberano, e agir como tal. “Ele tem misericórdia de quem ele quiser ter misericórdia, e endurece a quem quer.” Ele possui as chaves do inferno e da morte. Ele os abre, e ninguém os fecha: ele os fecha, e ninguém os abre. Isto ilustra a loucura de se opor contra os soberanos propósitos de Deus; e quão mais sábios são aqueles que se aquietam e se submetem a sua soberana vontade.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Destrinchando a Ladainha Marxista

Quem quer que pense que Marx defendeu os direitos dos trabalhadores não leu Marx ou Engels. De acordo com ambos o trabalhador deve se submeter ao processo histórico e ainda aguardar que a guerra entre as classes avance até a próxima fase da história. A justiça não pode ser requerida.

O marxismo acusa o cristianismo de consolar o povo com uma esperança celestial porque ele não entende que essa esperança é o fundamento para reforma social e a justiça no mundo. O próprio Marx oferece sua visão profética do futuro para que sirva de consolo. Mas esse paraíso só virá depois que a geração de marxistas de hoje estiver morta. Nenhum marxista receberá qualquer recompensa por sua esperança, nem nessa vida nem na próxima.

Leia o texto na íntegra aqui.
Aproveite e leia também esse.

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Debate, Debate Bíblico e Chantagem

Qualquer discussão sobre qualquer assunto traz em si a possibilidade de resvalar em nada quando a travamos com alguém que, pouco interessado na verdade dos fatos sobre o tema, quer simplesmente alimentar o vício, muito comum mas nem por isso menos detestável, de expressar suas opiniões contestando o que dizemos sem sequer ler ou procurar entender aquilo que dissemos.

Foi Olavo de Carvalho quem disse que, "quando alguém se mostra muito assanhado para discutir alguma coisa, ao mesmo tempo que nem cogita em obter informação atualizada a respeito, contentando-se preguiçosamente com as referências mais antigas e convencionais, é evidente que sua afetação de interesse no objeto é mero disfarce de alguma intenção não declarada." (O Silêncio dos Tagarelas, Jornal do Brasil, 25 de Agosto de 2005.)

Mesmo fora de seu contexto original, que trata da tapeação intelectual esquerdista, a citação de Olavo é perfeitamente aplicável a uma variedade de indivíduos e situações. Lembro de tê-la usado quando discutia com um amigo a questão recente do desarmamento, e talvez mais uma ou duas vezes discutindo a própria questão do esquerdismo, de modo que a tenho mais ou menos decorada, na certeza de que ainda precisarei dela...

Porém, pior do que esse debatedor assanhado e preguiçoso que Olavo descreveu é o debatedor chantagista. Funciona assim. Em paga por não termos lhe escondido a verdade sobre seu posicionamento, mas demonstrado o ridículo de sua tese, ou mesmo porque não quer mais voltar ao assunto, nosso oponente tenta reverter o quadro a seu favor passando-se por pobre coitado, acusando-nos de impolidez, ou afirmando que temos certa sina pra contendas em questiúnculas.

Que fazer? Bem, se analisamos o que ele diz e vemos que não temos razão, é importante voltar atrás; se fomos desnecessariamente impolidos, então, talvez seja necessário voltar atrás e aparar algumas arestas, modelar essa ou aquela frase; se contendemos por algo trivial, se a questão for realmente menor e divergente, então nosso oponente terá razão de protesto, e é aqui o caso de voltarmos atrás, sem dúvida.

Mas se num debate somos categóricos, e até mesmo duros, sobre um tema crucial, do qual depende tudo o mais, como quando num debate bíblico, por exemplo, o foco sai da contestação de uma determinada doutrina particular e menor, e passa a ser a contestação da própria Escritura na qual essa doutrina estaria ou não fundamentada, alguém duvida que aqui é o caso de não cedermos à tal chantagem nem por um segundo?

quinta-feira, janeiro 19, 2006

A vida é incerta

Esse post foi copiado daqui, mas foi postado originalmente aqui. Jonathan Edwards enviou em 1755 esta carta a seu filho Jonathan Edwards Jr., que tinha a idade de apenas nove anos e estava com Gideon Hawley em uma viagem missionária entre os índios. "A gravidade das coisas eternas, a preeminência e soberania de Deus, e a urgência de estar em paz com Ele são temas inconfundíveis."

Stockbridge, 27 de maio de 1755.

Querido filho,

Embora muito distante de nós, você não está distante de nossas mentes: Eu me preocupo muito com você, freqüentemente penso em você, e freqüentemente oro por você. Embora você esteja muito longe de nós, e de todos os seus familiares, contudo, é conforto para nós que o mesmo Deus que está aqui também está em Onohoquaha e que embora você esteja longe de nossa visão e de nossa assistência, você sempre está nas mãos de Deus, que é infinitamente gracioso; e nós podemos ir a Ele, e submetê-lo ao Seu cuidado e misericórdia. Cuide para que você não O esqueça ou negligencie. Tenha sempre a Deus perante seus olhos, e viva em Seu temor, e O busque a cada dia com toda a diligência: porque Ele, e somente Ele pode fazer você feliz ou miserável, conforme Lhe agrade; e sua vida e saúde, e a salvação eterna de sua alma e tudo nesta vida e o que está por vir depende de Sua vontade e desejo.

Na última semana que passou, na quinta-feira, David morreu; aquele que você conhecia e com quem brincava, e que vivia em nossa casa. Sua alma entrou no mundo eterno. Se ele estava preparado para a morte, nós não sabemos. Este é um aviso audível de Deus para que você se prepare para a morte. Você que ele sendo jovem morreu, tal qual os que são velhos; David não era muito mais velho do que você. Lembre-se do que Cristo disse, que você deve nascer de novo, ou nunca verá o Reino de Deus. Nunca se descanso enquanto não tiver uma boa evidência de que você é convertido e tornou-se uma nova criatura.

Nós esperamos que Deus preserve sua vida e saúde, e que você retorne a Stockbridge novamente a salvo; mas sempre se lembre de que esta vida é incerta; você não sabe se irá morrer em breve, portanto há a necessidade de estar sempre pronto. Nós temos a pouco ouvido que seus irmãos e irmãs em Northhampton e em Newark estão bem. Seu idoso avô e sua avó, quando eu estava em Windsor, mandaram dizer que o amam. Todos nós aqui dizemos o mesmo.

Eu, seu terno e afetuoso pai,

Jonathan Edwards.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

"Sem querer falar mal..."

"What king so strong
Can tie the gall up in the slanderous tongue?"
W. Shakespeare. In: Measure for Measure.

É óbvio que a expressão "sem querer falar mal..." não é para ser entendida literalmente. Fosse assim uma declaração bondosa ou simplesmente o silêncio deveria vir após ela. Porém, ela é a fórmula bem-educada geralmente dita quando queremos tecer os piores comentários a respeito de uma pessoa; quando queremos instilar vinagre puro em paredes de salitre. Depois de dizermos que não queremos falar mal proferimos palavras que vão como ácido, corroendo e borbulhando.

Tenho constatado que sempre que eu mesmo digo a tal frase ou semelhante, é porque, no mínimo, na melhor das hipóteses, o desejo perverso de maldizer, de dizer algo inconveniente ou desnecessário sobre alguém já passou pela cabeça. Mas, o que é pior e mais comum é que, a declaração de que eu não quero falar mal serve apenas para anteceder as declarações que terminarão por provar justamente o contrário, isto é, que o que eu mais queria era falar mal mesmo.

Em verdade, seria mais acurado e honesto dizer algo como: "Aproveitando pra falar mal...", porque é o que geralmente fazemos, mesmo usando outras palavras. Diríamos isto e, sem as falsas declarações de polidez que acabariam por tornar nosso discurso contraditório já na segunda frase, colocaríamos pra fora o que há muito vai no íntimo, abrindo a boca pra que ela fale do que o coração está cheio -- em caso de adotarmos tal postura, lembremos de avisar para que os outros tapem o nariz.